25 de abril de 1974.
50 anos nos separam da Revolução dos Cravos e um pouco mais do Estado Novo, tempo que parece longínquo aos olhos dos adolescentes de 13 anos, mas que está gravado na retina e na memória de muitas pessoas, familiares e amigos dos nossos alunos, gente que viveu e cresceu nesse sistema…
Entre janeiro e abril de 2024, os alunos das turmas A e B do oitavo ano foram convidados a realizar uma missão de reconhecimento do Portugal das décadas de 60 e 70 do século XX, embarcando numa máquina do tempo, rumo a um país, onde os jovens (rapazes) eram enviados para a guerra colonial, as eleições eram controladas para que ganhassem sempre os candidatos do regime, nem todas as pessoas podiam participar nos atos eleitorais, existiam regras para casar, não havia liberdade de criação artística, determinados livros eram proibidos e censurados e nem sequer era permitido o consumo de Coca-Cola!
-Que “mundo” era esse?” - perguntaram os alunos, num misto de curiosidade e estupefação.
- É o que iremos descobrir! - desafiou a professora do Apoio de Português.
Pelo impulso deste desafio, encetaram a longa viagem até a um admirável mundo desconhecido, tomando conhecimento de histórias de opressão, de incerteza, de separações e reencontros, histórias marcadas pela guerra colonial e por um dia a dia nem sempre fácil. Aí encontram os seus familiares e amigos, ainda jovens, que os guiaram nessa visita e, olhos nos olhos, lhes relataram experiências na primeira pessoa.
Desses relatos resultaram páginas de diário, cartas de soldados às suas famílias, entrevistas e textos poéticos que celebram a liberdade.
E são estes textos que gostaríamos de partilhar convosco.
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