A questão de Deus na poesia de A.M. Pires Cabral
Rosa Canelas, professora jubilada de Português, antiga actriz e diseur interpretou, com mestria, alguns dos mais emblemáticos poemas de A.M. Pires Cabral, nos quais a questão de Deus emerge com particular acuidade, em livros como “Caderneta de Lembranças”, “A noite em que a noite ardeu” ou “Partilha de Lume”, na tarde de 24 de novembro (14h10-16h), na Biblioteca Escolar da EB 2,3 de Santa Marta de Penaguião, perante um auditório constituído por alunos de turmas dos quintos, sextos e nonos anos de escolaridade. O sarau de poesia, em jeito, também, de homenagem ao escritor transmontano, cujo conhecimento, a este jovem público da região, se procurou, outrossim, franquear, contou com introdução musical do aluno Micael Lino e, durante as duas sessões em que se desdobrou, os discentes foram, igualmente, convocados a, em conjunto, partilharem da leitura em voz alta, ritmada, atenta (d)a musicalidade dos versos do poeta natural de Macedo de Cavaleiros. Conduzidos pela mão sabedora de Rosa Canelas, os alunos foram presenteados, ainda, com um poema do conterrâneo Artur Vaz e, nele, exortados a procurar uma palavra, uma metáfora, uma imagem capazes de trazer Beleza ao mundo. Palavras, estas, tantas vezes rentes á terra, susceptíveis de nos dizer o inefável com uma simplicidade desarmante como a de Mia Couto, aqui também evocado em Mal me quer, ou a candura do humor de Pires Cabral que perdurará, por certo, por muitas tardes mais.








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